terça-feira, 4 de maio de 2010

Só porque a felicidade é irrelatável

Não quero conversar, não quero ouvir, não quero observar. Porem, não quero ficar em silêncio. Quando me calo, percebo que o maior barulho está dentro de mim, e esse som não vai se calar. É o barulho intenso do meu coração, desse batimento frenético.
Quando sinto o vento desarrumar meu cabelo, arrepiar minha pele junto com o sol que me aquece, sinto uma felicidade repentina. Vejo a vida com outros olhos! Percebo quanto valor ela tem, e como dinheiro nenhum compra isso.
Sinto-me extremamente feliz nos últimos tempos. E isso é tão estranho, porem tão bom. Porque ao mesmo tempo que não sei explicar este sentimento, começo a entender outras coisas. Vejo o quanto de cor existe, o quanto de amor se é capaz de sentir, o quanto de azul tem no céu, o quanto de carinho posso sentir.
Acho que estou embriagada de felicidade, mas sem ressaca no dia seguinte. Só o acumulo da felicidade anterior. Sinto até que não me falta nada, que estou a caminho do completo, tenho amigos e família. E isso basta. Não quero e não posso sentir muito mais que isso, pois meu coração sempre fica com medo, e tudo sai do meu controle.
Ainda não quero ouvir, vou só observar e falar, o vento ainda sopra em mim, sinto-me tão bem com essa sensação.
E agora, em completa absorção interna, observo a vida e ela me observa, não posso agir, deixo que ela me leve nessa imensidão que é viver.
Vou ser feliz da minha maneira, sem explicar nem entender. Vou sentir o sol na pele e a brisa no rosto, fechar os olhos diante disso, e fazer barulho com o coração. É disto que preciso. Só porque a felicidade é irrelatável

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