quinta-feira, 18 de março de 2010

Feridas de escolhas

No coração, o sangue que escorria sem corte, a dor que machucava por dentro, e não lhe dava ânimo pra andar.
Fechava os olhos, somente para obrigar as lágrimas a não caírem, só para guarda-las pra si própria, sentir a dor sozinha. Escondendo a vergonha de chorar.
Essas lágrimas que ficavam em seu interior, criavam feridas, marcas de vida, lembranças de fins infelizes, segredos medonhos, traumas sombrios.
Respirou fundo e ofegante. E o simples ato, a fez chorar, qualquer movimento mais forte aguçavam as lembranças, e em sua cabeça cenas torturantes de um passado feliz apareciam. Comparava aqueles sorrisos com as lágrimas, percebia que aquela ausência era repugnante, que sem ela, faltava algo em si.
Como festa de criança sem brigadeiro, era quase inútil como cobertor em verão, como meia na praia, como shorts no inverno.
Ela ainda era essencial a sua felicidade, e algo lhe faltava sem ela ali.
Tentava evitar as lembranças ao máximo, mas elas eram teimosas e vinham sempre de surpresa.
Agora suas noites eram mal dormidas, seus sonhos eram os mesmos, e ela sempre estava presente. Achou que seria fácil esquecer.
Talvez fosse apenas uma fase, essa dor logo acabaria. Esquecer dela, seria, um dia, o melhor a fazer, mas por enquanto isso doía amargamente, machucava como ferro quente em pele fina, as lágrimas escorriam como ácido, e queimavam o coração.
Fechou os olhos por um momento, sentiu o vento bater em seu rosto, e em um momento de ilusão, enxergou o futuro, criou a presença dela, lembrou de seu sorriso, dos seus olhos que pouco olhava por seu medo da verdade, lembrou da imensa timidez que ela sentia, e como fica quando corava, e seu coração protestou, e as lágrimas caíram.
Como ficava fraca, e tristonha com isto, sentia frio, medo, e tremia. As marcas eram recentes e profundas. Tinha medo de abrir os olhos, medo de que a ilusão que tinha com eles fechados, não existisse ao abri-los.
Como sentia falta dela.


Olha, escrevi agora, e fiquei mal com este... Não vou falar muito hoje. Critiquem

Beijos

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